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Educadoras
de Valor 2023

Conheça a história das Educadoras de Valor 2023

e participe do Evento de Reconhecimento.

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Região do Maranhão

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Marcelia Leal Silva

Centro de Ensino Lúcia Chaves

Cidade: São Luís (MA)

Ciclo: Ensino Fundamental II

Função: Professora

Com 27 anos de vida dedicada à educação, a professora Marcelia Leal Silva colhe os frutos e o reconhecimento por dividir, cotidianamente, saberes com os seus alunos e alunas no Centro de Ensino Lúcia Chaves e na Escola de Ensino Fundamental Professor José da Silva Rosa, na região de São Luís, no Maranhão. A gratidão dos estudantes chega por meio da segunda indicação consecutiva para a Campanha Educador de Valor e por meio de desenhos inspiradores que retratam o quanto as aulas da professora são repletas de aprendizados.

“Eu acredito que todas as conquistas que vieram do ano passado para cá só me fortaleceram a continuar trabalhando da forma que eu gosto, com temáticas sociais dentro de sala de aula, sempre aliadas aos meus conteúdos. E mesmo que esse seja um trabalho desafiador - muitas vezes eu me sinto desestimulada, por falta de apoio -, quando eu vejo o resultado positivo de uma aula, que os estudantes dão retorno e mostram que foi boa, me torna mais forte e me ajuda a continuar dando o meu melhor”, analisa a educadora.

Uma das aulas que certamente marcou os alunos e alunas da professora Marcelia abordou a temática do racismo e de grandes lideranças que lutaram contra esse crime no Brasil e no mundo. Basta ver os desenhos participantes da Seleção de Histórias em Quadrinhos, da Campanha Educador de Valor 2023, para entender como o tema mobilizou a turma.

Marcelia entende que trabalhar, dentro de sala de aula, a educação antirracista é muito importante, principalmente quando ela olha ao seu redor e sabe que tem uma maioria de estudantes negros e que a unidade de educação está inserida num local periférico. “É um tema muito caro e que precisamos nos envolver. Nem todos os professores querem abordar essa temática, alguns até por falta de conhecimento. Eu sou uma professora, mulher e branca, e muitos me questionam porque trabalho o tema racismo. E eu sempre falo que essa luta é de todo mundo, não só dos negros”, contextualiza.

Marcelia não trata de questões pertinentes à sociedade apenas em sala de aula: ela desenvolve um projeto social na comunidade escolar e é responsável, desde 2020, na Escola Lúcia Chaves, por uma iniciativa que une o ensino de Inglês e Educação antirracista. Ao invés de apresentar aos estudantes músicas com letras não relevantes, a educadora leva músicas africanas cantadas em inglês e reggae, todas abordando a questão da liberdade. A ação também envolve análise e leitura de biografias de personalidades, como Martin Luther King, Nelson Mandela e Barack Obama.

A proposta envolve jogos de tabuleiro e a elaboração de um dicionário e revista em quadrinhos com super-heróis negros. Marcélia conta que aprende junto com os alunos, que estão se sentindo valorizados porque notam que o espaço escolar tem a ver com sua história de vida.

“Com 27 anos de profissão, eu tenho uma visão, agora, muito diferente sobre a Educação, em relação ao que eu tinha anteriormente. Eu sempre me preocupei com o aluno e a sua história, como pessoa. Eu acredito que quando o aluno tem uma educação de qualidade e conta com a afetividade do professor, ele consegue permanecer mais tempo na escola. O meu objetivo sempre foi fazer com que o meu saísse da escola para galgar oportunidades melhores, como cursar uma faculdade, ter um emprego de qualidade e digno”, enfatiza a professora.

 

Um dos desejos da educadora é que a educação antirracista faça parte de todas as escolas, e que esses espaços possam se preparar para atuar diantes de temas tão importantes para a sociedade. Que as unidades de ensino sejam lugares prazerosos de estar, independente da cor da pele das pessoas. Por isso, a professora acredita ser tão necessário enfrentar, durante as aulas, problemáticas do cotidiano, como o racismo.

Segundo Marcelia, para ser uma Educadora de Valor é preciso trabalhar as necessidades do aluno, o conteúdo curricular e transmitir afeto ao ensinar. “E precisamos nos colocar no lugar do aluno para entender que tipo de educação que gostaríamos de ter. Que tipo de professor você gostaria de ter? E se a gente é próximo dos alunos, podemos ajudá-lo em suas dificuldades, a partir do seu dia a dia.” 

No mês em que é celebrado o Dia dos Professores e das Professoras, Marcelia reafirma, como em 2022, que os educadores e educadoras são exemplos essenciais na trajetória dos estudantes. “Nós temos grande responsabilidade, pois somos exemplo para tudo: desde a vestimenta até o jeito de falar. A função do educador é orientar para que os alunos tomem decisões que sejam importantes lá na frente. Além de passar conteúdos, devem contribuir na construção da personalidade de cada um, já que os alunos ficam mais tempo na escola do que em casa. Somos como uma referência para eles.”

Maranhao

Região de Minas Gerais e São Paulo

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Paula Marcela de Junqueira e Silva

Escola Municipal Dona Mariquinhas Brochado

Cidade: Poços de Caldas (MG) 

Ciclo: Ensino Fundamental II

Função: Professora

Apesar de ter crescido em uma família de educadoras, com tias e avó professoras, e desde criança gostar muito do ambiente escolar e das experiências proporcionadas por ele, como excursões e gincanas, Paula não pensava em seguir profissionalmente o rumo da educação.

 

Ela sempre teve muito interesse nas práticas esportivas e sabia que sua vida profissional estaria atrelada aos esportes, por isso decidiu cursar Educação Física. Porém, ao entrar em uma escola por meio do estágio obrigatório da faculdade viu tudo mudar.

 

"Assim que eu iniciei o estágio eu me apaixonei pela escola, pelos alunos, pelo ambiente e descobri que ali dentro eu podia trabalhar várias modalidades esportivas, várias habilidades da educação física em um só lugar. Perceber o interesse, o prazer, o gosto dos estudantes em participar das atividades, das aulas, que na maioria das vezes, são divertidas, são animadas, pois é uma área que se aprende brincando, me fez entender a importância da educação física dentro da escola", afirma Paula.

 

Desde esse momento, há 12 anos, Paula se reconhece como educadora e se sente privilegiada por ocupar esse papel no ambiente escolar, com que tanto se identifica. A escola, esse espaço onde escolheu atuar, é entendido por ela como o lugar "onde se aprende a viver socialmente, a respeitar as regras e a conviver com as diferenças".

 

Paula defende uma educação inclusiva, que abarque todos os e as estudantes, em especial às pessoas com deficiência. Ela aponta que "a educação estimula a empatia, o cuidado, o respeito às limitações e às diferenças sociais". 

 

Compreendendo que a educação foi indispensável para realizar seus sonhos, Paula acredita nesse mesmo potencial para os seus alunos e suas alunas, já que o conhecimento abre portas e nos enriquece de possibilidades.

 

E apesar de inicialmente não se imaginar como educadora, dentro das escolas ela passou a entender o poder da educação. Para Paula, a educação pode "mudar o mundo inteiro, não só a vida dos estudantes, porque envolve todas as pessoas que estão interligadas a eles e a elas".

 

A professora relata que um dos maiores obstáculos enfrentados diariamente em seu exercício profissional é a falta de infraestrutura e de materiais nas escolas, como ausências de espaços adequados e seguros para as atividades físicas, como quadras e pátios, e também de bolas e demais itens essenciais.

 

Além disso, Paula enfatiza a dificuldade atual de tirar os alunos das telas. Segundo ela, há por parte de alguns e algumas estudantes o desinteresse em praticar movimentos corporais. Eles preferem os  jogos tecnológicos que são muito individualizados. Para a professora as práticas escolares são importantes porque dão "a oportunidade de trabalhar a cooperação, trabalhar a competição também, que também é muito importante, já que é um preparo para a vida. Mas realizamos muitos jogos cooperativos, muitos jogos e brincadeiras que incentivam o respeito às regras, o respeito ao tempo, o respeito às habilidades diferentes das suas".

 

Outro desafio é a valorização dos educadores. Paula afirma que os profissionais estão sobrecarregados pela ausência das famílias no processo de formação das crianças e jovens. Segundo a profissional, atualmente, os educadores e educadoras têm mais responsabilidade e menos poder. Para ela, isso prejudica o ensino porque prejudica o andamento da unidade escolar pelo excesso de trabalho. Ela afirma que "muitos alunos passam mais tempo dentro de uma escola, com seus professores, do que dentro de casa, com os pais. Muitos alunos reconhecem professores como alguém da família por ter muitas vezes mais convívio do que com sua própria família".

 

Apesar de tudo isso, Paula fala da sua satisfação diária em ver os alunos progredindo em suas aulas, se superando no exercício dos movimentos estudados e se sentindo alegres com seus próprios avanços.

 

"Muitas crianças chegam tímidas, com receio de errar, e após algumas tentativas elas conseguem realizar o movimento coordenado e atingir o objetivo, seja do jogo ou do esporte da aula, e elas se sentem muito felizes e surpresas quando isso acontece e eu consigo perceber isso em cada um deles, quando eles se sentem surpresos e realizados com o que eles conseguem fazer. Isso me estimula e estimula eles também", nos conta a educadora.

 

O aprendizado nas aulas de educação física, ao lado da professora Paula, aparece nos desenhos das histórias em quadrinhos em que ela foi representada. Os e as estudantes mostram uma educadora dedicada, atenciosa, divertida, paciente e amorosa que está sempre disposta a orientar sobre os movimentos corporais e ajudar seus alunos e alunas a conquistarem seus objetivos.

 

A educadora tenta transmitir às crianças e jovens com que atua a importância de se movimentar, seja na forma de esportes, danças ou jogos. Para ela, se exercitar é indispensável para trazer felicidade. Seu trabalho, segundo ela, é fazer os e as estudantes se sentirem vivos, felizes e confiantes a partir das atividades físicas propostas.

 

Sobre o reconhecimento do seu trabalho nas histórias em quadrinhos de seus alunos e alunas, Paula demonstrou surpresa, mas também muita felicidade e contentamento. Para ela "o reconhecimento dos alunos é o que vale mais", já que "é pra eles que eu me dedico, que eu planejo, que eu exerço a minha criatividade pra manter eles interessados. E, através da Campanha [Educador de Valor], eu tive a certeza de que eu estou no caminho certo, que elas e eles estão atentos a tudo".

 

Paula ressalta, que na educação física as atividades são lúdicas e os e as estudantes aprendem brincando, entre um jogo e outro, muitas vezes nas entrelinhas. Também enfatiza que seu "papel é incentivar e reconhecer que eles têm capacidades que às vezes nem eles acreditam, mas que eu como professora tenho o papel de fazer eles acreditarem sim que é possível, que com muita dedicação, muito entusiasmo, determinação, eles conseguem fazer qualquer coisa, que nada é impossível desde que a gente queira". 

Minas Sao Paulo
Aluno e Aluna de Valor

Aluno e Aluna de Valor 2023

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Francinaldo Gomes da Silva

São Luís (MA)

Educadora homenageada: Marcelia Leal Silva

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Lauana Aparecida

de Oliveira

Poços de Caldas (MG)

Educadora homenageada: Márcia

Escolas de Valor

Escolas de Valor 2023

Poços de Caldas (MG)

Escola Municipal Dona Mariquinhas Brochado, com 153 desenhos.

São Luís (MA)

UEB Prof. José da Silva Rosa, com 38 desenhos.

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